O câncer de pele é provocado por uma mutação genética e crescimento descontrolado destas células mutadas. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as camadas afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer.
Apesar da exposição solar excessiva e sem proteção não ser a única causa do câncer de pele, este hábito é o principal fator de risco para desencadear tumores malignos. Vale ressaltar que essa exposição é cumulativa, ou seja, quanto maior a exposição desprotegida, maior o dano celular.
Atualmente, há um grande arsenal terapêutico para combater os diferentes tipos de câncer de pele e a cirurgia dermatológica para retirada da lesão é o principal tratamento na maioria dos casos.
Quando a doença está em estágios iniciais, o procedimento pode ser feito no próprio consultório, sem necessidade de internação hospitalar. Além da retirada completa do tumor com margem de segurança, a cirurgia tem o objetivo de fazer a reconstrução funcional e estética da área tratada.
Os principais tipos de câncer de pele são:
O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais frequente. Ele é mais comum em pessoas de pele clara e com histórico de exposição solar. Possui baixa mortalidade, mas torna-se um problema por causar muitas vezes mutilações ou cicatrizes inestéticas. Deve-se suspeitar de qualquer lesão persistente na pele, como feridas que não cicatrizam em até quatro semanas, manchas ou bolinhas vermelhas/rosadas, feridas que sangram ou forma casquinha. Diante dessas lesões suspeitas, o médico dermatologista deve ser consultado para confirmação do diagnóstico e tratamento. O tratamento de primeira escolha é remoção do tumor com cirurgia, sendo os outros tratamentos reservados para casos em que esta não é possível.
O carcinoma espinocelular, também chamado de carcinoma de células escamosas ou carcinoma epidermóide, é o segundo tipo de câncer de pele mais comum. Tem origem na camada mais superficial da pele e aparece geralmente em áreas do corpo mais expostas ao sol. Também pode se desenvolver em cicatrizes antigas ou feridas crônicas. Os principais sinais e sintomas do carcinoma espinocelular são manchas avermelhadas e com descamação persistentes, feridas na pele que não cicatrizam e “bolinhas“ endurecidas em crescimento.
O melanoma corresponde a cerca de 3% dos tumores malignos de pele e causa mais de 90% das mortes por câncer de pele devido ao seu alto poder de se disseminar para outros órgãos, o que chamamos de metástases. A incidência do melanoma vem aumentando nas últimas décadas, enquanto a taxa de mortalidade não se alterou devido ao diagnóstico em estágios mais iniciais e aos recentes avanços no tratamento do melanoma metastático com terapia-alvo e imunoterapia. Fique atento a regra do ABCDE, ou seja, pintas que estão apresentando assimetria (A), bordas irregulares (B), mais de 2 cores (C), diâmetro maior que 6 mm (D) ou estão apresentando evolução (E). Consulte regularmente um dermatologista para a realização do exame da dermatoscopia. O diagnóstico precoce do melanoma é fundamental para a sua cura.